Nova Novela
TVI quer ser uma fábrica de sonhos
TVI quer ser uma fábrica de sonhos
Nove anos depois da estreia de ‘Todo o Tempo do Mundo’, a novela que ajudou a reabilitar a ficção portuguesa, José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, foi a Trás-os-Montes apresentar ‘A Outra’, que estreia dia 24, e lembrar, em voz alta, que a estação de televisão que lidera as audiências é dona de um ‘know how’ invejável que tem feito “despertar talentos na área da representação, da realização e da autoria.” Como ‘Todo o Tempo do Mundo’, ‘A Outra’ é assinada por Tozé Martinho, que integra também o elenco desta nova aposta da TVI na ficção.
“Esta novela vem reforçar a presença da estação e da NBP no mercado audiovisual português. E representa um novo salto na ficção. Foram nove anos de novelas, sempre em progressão”, afirma José Eduardo Moniz, que quando chegou à TVI a estação não tinha mais de 13 % de share.
Gravada em Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor, ‘A Outra’ volta a ter a ambição das últimas produções da TVI: “Aproximar os portugueses” e mostrar-lhes o País porque “ a maior parte não o conhece”. “Eu sou ilhéu e senti o efeito do isolamento”, confessou José Eduardo Moniz aos transmontanos.
No ano em que a estação está a comemorar 15 anos de actividade, ‘A Outra’ reúne um elenco de peso que vai dar corpo a uma história de amor e vingança. Às imagens de Moçambique, onde o enredo começa e se adensa, vão juntar-se imagens bucólicas das aldeias, praças e pelourinhos transmontanos, rebanhos, vinhas, amendoeiras e castanheiros...
“Somos uma fábrica de sonhos e devemos ir atrás dos sonhos”, frisa o director-geral da TVI explicando que, num País cuja paisagem “se vai degradando”, a produção de ‘A Outra’ conseguiu descobrir cenários “paradisíacos” que vai começar a mostrar aos telespectadores a partir de segunda-feira.
Em Vila Flor, actores e equipa técnica da NBP assentam arraiais numa das ruas da aldeia. A fachada de uma casa senhorial na Rua Diogo de Lemos é, na ficção, a mansão de Henrique Pimental, papel interpretado por João Perry que nesta novela, e à semelhança de ‘Fascínios’, volta a ser um homem viúvo e abastado.
À boca de cena surge Margarida Marinho, a Teresa, a filha que Henrique crê estar morta. Nostálgica e misteriosa, Teresa sai do carro e fotografa a casa da família. A gravação decorre pacífica, sem ruído nem olhares curiosos.
Em dia de semana, com os moradores nos empregos ou entregues aos trabalhos da lavoura, a aldeia está mergulhada num manto de silêncio rasgado apenas pela algaraviada do grupo de figurantes que espera a vez de entrar em cena.
Com João Perry, Margarida Marinho, Nuno Homem de Sá, Dalila Carmo, Núria Madruga, Diana Chaves, Joaquim Nicolau e Sofia Nicholson, entre muitos outros, a nova produção foi planeada num tempo recorde: três meses. Depois de frisar que TVI já não leva “dez meses a projectar uma novela”, José Eduardo Moniz exemplifica. “Temos no ar ‘Casos de Vida’, um formato pioneiro que um mês após a decisão de avançar com ele estava a ser transmitido”, frisa.
Moniz acredita que a nova produção representa um esforço da estação que “acredita na obrigação de fazer serviço público”. Para o director-geral da TVI, o conceito de serviço público “mudou” e muito do que “os privados fazem” também se pode encaixar nessa definição.
Em Trás-os-Montes e a pensar na TDT (Televisão Digital Terrestre), José Eduardo Moniz frisou que a novela é mais um passo de afirmação da TVI “num momento em que outras plataformas” colocam “novos desafios”, nomeadamente o quinto canal.
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