domingo, 19 de fevereiro de 2012

A festa é nossa em Lamas - Fevereiro 2012

O dialeto transmontano no seu melhor.O Sr. Alfredo Veigas esteve simplesmente fantástico.



Parabéns Rui Sousa pelo teu trabalho em prol dos transmontanos.
Continuação de bom trabalho

quinta-feira, 31 de março de 2011

Homenagem - 25 anos de actividade musical

No passado dia 25 não se comemorou apenas o 100º aniversário da Banda 25 de Março. Depois da inauguração da placa comemorativa do centenário e dos discuros de ocasião, proferidos pelas autoridades competentes, a direcção da Banda decidiu surpreender dois dos elementos mais antigos (não em idade) mas em anos dedicados a esta causa. Estamos a falar das bodas de prata (25 anos de ligação ininterrutpta a esta Banda).

Os elementos a que me refiro são o José Adriano Barroso e Manuel Augusto Pires que desde o ano de 1986 se dedicam de corpo e alma à causa musical. Muitos foram os mestres, direcções e elementos que entraram e sairam ao longo deste período, mas estes resistiram e mantiveram-se com o mesmo empenho e dedicação desde o primeiro dia. Também fui colega deles durante nove anos e por isso sei do que estou a falar. Eles devem muito à Banda, mas sem dúvida que a Banda também lhes deve muito a eles.
Muitas foram as ruadas, as procissões, os arraiais, debaixo de um sol escaldante ou chuva torrencial. Muitos foram os patrões e as aldeias que percorreram, muitos
quliómetros a dar ao pé e a soprar no instrumento, enfim dias felizes e dias mais tristes. A comoção foi evidente em todos os rostos que estavam presentes naquela manhã de Sábado, mas era também evidente a alegria e a esperança de que outros 25 anos estarão a caminho. Da minha parte sinto-me lisongeado por ter sido colega destes dois combatentes musicais, desejando que continuem a ter saúde para continuar a fazer aquilo que fazem tão bem. Bem hajam e continuem com essa atitude, de garra, afinco, empenho e dedicação.

quarta-feira, 30 de março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

Fotos do 100º Aniversário da Banda





Fim de Semana Histórico em Lamas


Foi um fim de semana em grande na aldeia de Lamas. Apesar do São Pedro não ter colaborado, estes dias ficarão marcados para sempre na memória dos habitantes de Lamas e no pensamento de todos os filhos de Lamas que estão espalhados pelos quatro quantos do mundo e que a partir destas frases e imagens que damos a conhecer possam partilhar connosco esta grande comemoração. Para eles, desde já os meus cumprimentos. Espero que estas frases soltas e estes retratos da nossa aldeia sirvam para avivar a vossa memória e recordar para sempre o nosso cantinho que para nós é o mais belo do mundo.
Foi como disse, um fim de semana memorável e como há muito não se via, visto que houve três acontecimentos que ficarão marcados para a história de Lamas.
• Inauguração das cruzes da Via Sacra a caminho do santuário da Senhora do Campo com a presença do Senhor Bispo;
• Comemoração do 100º aniversário da Banda 25 de Março;
• Peregrinação ao Santuário De Nossa Senhora do Campo;

No dia 25 de Março, dia da Nossa Senhora do Campo e feriado em Lamas, foram inauguradas as cruzes da Via Sacra com a presença do Senhor Padre José António, do Senhor Bispo de Bragança e Miranda, Dom António Montes Moreira, e de centenas de lamacenses e forasteiros. A peregrinação iniciou-se na Igreja matriz e percorreu as várias cruzes, representadando cada uma das estações da Via Sacra, ao longo do caminho em direcção ao monte do facho, onde se situa o Santuário de Nossa Senhora do Campo. Seguiu-se a celebração da santa missa celebrada pelo o Senhor Bispo.
Após o jantar de confraternização seguiu-se a actuação da Orquestra do Norte na Igreja Matriz. Foi um concerto memorável que teve uma actuação a solo de um dos maiores violinistas do mundo –Avri Levitan. Só foi pena a falta de espaço, visto que a igreja matriz foi pequena para tantos curiosos. Este espectáculo foi digno de grandes salas de espectáculos como coliseu de Porto ou Lisboa. Para mais tarde recordar.
Dia 26 de Março

O dia acordou solarengo e de temperatura agradável e cedo se começou a perceber que este iria ser mais um dia para mais tarde recordar. Por volta das onze horas, com a presença do Senhor Presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros foi inaugurado o monumento de homenagem do povo de Lamas à Banda 25 de Março em frente à sua sede (Ver foto).Seguiu-se um almoço de confraternização entre os antigos e actuais
músicos na praia da Fraga da Pegada em plena albufeira do Azibo. Foram momentos de grande convívio e amizade entre os mais de cem elementos presentes, onde se destacava um dos elementos mais antigos vivo – o senhor Guilhermino – com os seus 87 anos de vida. O repasto esteve cinco estrelas, pena foi que passou muito rápido e às 14:30 todos tivemos que regressar à aldeia já que estavam à nossa espera três bandas filarmónicas (Alfandega da Fé, Brinço e a Filarmónica Portuguesa de Paris). A tarde prometia.
Chegados ao local de encontro e feitos os habituais cumprimentos da praxe, seguiu-se o desfile de bandas desde a sede até ao palco principal junto à igreja matriz. O céu começava a ficar cinzento e ameaçava chuva a qualquer instante pondo em causa a tarde cultural e recreativa. Sem ter medo do mau tempo, as pessoas foram-se juntando ao redor do palco, enquanto a Banda 25 de Março dava as últimas afinações de modo a poder dar início à sua actuação. Deve ter sido o concerto mais pequeno do mundo da nossa Banda. Logo após o início do concerto, o São Pedro decidiu mostrar quem manda de verdade e brindou toda a gente com uma carga de água puxada a vento como há muito não se via em Lamas, chapéus a voar, palco a abanar, chuva aos cântaros, chuva em cima dos músicos, enfim ... mau tempo. Rapidamente se decidiu terminar ali o concerto da nossa banda e das restantes, pelo que a festa transitou para a tenda de 30 metros ali montada num ambiente mais acolhedor e menos húmido. Enfim, quem pode manda e contra a natureza o comum dos mortais nada pode fazer.

A partir deste momento todo o programa foi alterado e nos rostos das pessoas estava espelhada a desilusão pelo sucedido. Mas como diz o ditado “vamos para a frente que atrás vem gente”, a animação passou para dentro da tenda onde a Banda de Alfandega da Fé alegrou toda a malta fazendo esquecer a terrível situação. Foi um fim de tarde com muita e boa comida, bom vinho, cerveja e cantorias sem parar de velhos e novos. Foi sem dúvida uma confraternização sem igual entre todos os elementos. Não faltou a troca de lembranças entre todos os representantes de cada uma das colectividades. No final cantou-se os parabéns à Banda 25 de Março e repartiu-se o bolo por todas as pessoas.
Todos os elementos da Banda 25 de Março (actuais e antigos) estão de parabéns por fazer parte desta colectividade, mas não poderia deixar de agradecer em particular ao Toninho e ao Paulo pelo empenho e dedicação demonstrada na organização destas inolvidáveis festividades. Agradeço também ao Padre José António pela sua disponibilidade e colaboração 24 horas por dia. E por fim, agradeço a todos os que directamente e indirectamente (Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Junta de Freguesia de Lamas, etc) contribuíram para a realização e concretização deste programa em honra das comemorações do 100º aniversário da Banda 25 de Março.
O patamar está alto e a exigência é cada vez maior mas é nos grandes desafios que se vêem os grandes homens e as grandes instituições.
Continuem e bem hajam.

Saudações Lamacenses

segunda-feira, 28 de março de 2011

Um Século de Música

Excelente Reportagem da Localvisão TV


terça-feira, 22 de março de 2011

Banda 25 de Março há um século a dar música

Associação Banda 25 de Março celebra o primeiro centenário de existência no próximo dia 25 de Março. Ao longo dos anos tem sido um marco na formação de dezenas de músicos
Foto: Glória Lopes









Não há romaria no Nordeste sem o toque mais ou menos intenso, mais ou menos dramático de uma banda filarmónica a marcar o compasso da procissão. Muitas vezes responsável por garantir a animação de festas e festinhas, a Banda 25 de Março vai transformar-se ela própria na protagonista das celebrações. Será um dia de festa rija na aldeia de Lamas, em Macedo de Cavaleiros, o próximo dia 25 de Março. A ocasião é propícia para foguetes, repertório de alegria e outros indicadores comemorativos, porque a banda filarmónica local, que quiseram as vontades dos seus fundadores tomasse nome de uma data, precisamente o 25 de Março, dia da sua fundação, assinalará o seu centésimo aniversário. É uma das duas únicas bandas filarmónicas do concelho de Macedo de Cavaleiros, nasceu, cresceu e sobreviveu numa aldeia, o que engrandece ainda mais o seu feito. É inegável que é a coroa de Lamas de Podence, o seu melhor cartão de visitas, a mais eficaz forma de promoção fora da região. A filarmónica resistiu ao tempo, com mais ou menos dificuldades. Nasceu na ditadura cresceu com a liberdade, carrega um século de história da freguesia e dos seus habitantes, eles próprios com as suas estórias fizeram a história da banda, muitos deles por lá passaram, dezenas aprenderam ali os primeiros passos no Dó, Ré, Mi Fá, Sol da vida, antes mesmo de ingressarem nos bancos da Primária. Tornou-se uma escola de música. Anda há 100 anos a levar o nome de Lamas a vários pontos do país e ao estrangeiro, com as suas actuações. “Devia ser estimada, mas é pena que, às vezes, os políticos não pensem muito assim”, lamentou António Vila Franca, presidente da Associação Banda 25 de Março. Manter tantos anos uma filarmónica numa pequena aldeia do Interior não tem sido tarefa sem engulhos. O responsável não esconde que a resistência se tem ficado a dever “à bom vontade” de todos, nomeadamente aos músicos das várias gerações, junta de freguesia, Câmara de Macedo de Cavaleiros e população em geral. Aguentar a banda custa por ano cerca de 40 mil euros, se não houver contratempos e despesas imprevistas, o que sucede sempre que um instrumento se estraga. Os instrumentos são caros, por vezes precisam de ser renovados, ainda que possam durar 10 anos ou mais. Uma tuba custa quatro ou cinco mil euros, contrabalança com um trompete que pode ficar pelos 500 euros. “É claro que tem havido muita disponibilidade das pessoas em trabalhar, é graças a isso que temos conseguido bons resultados”, assegurou António Vila Franca. Ele sabe que conservar uma associação desta natureza numa aldeia “não é normal”. Esta tem-se renovado. Ao contrário da maior parte das freguesias do Nordeste, Lamas de Podence até pode ser considerado um caso exemplar porque não se tem notado falta de gente jovem para integrar o agrupamento musical. “É claro que alguns vão saído, à medida que saem da região à procura de empregos, todavia vão entrando outros. Assim vamos continuando”, referiu o presidente. A banda ultrapassou as fronteiras da aldeia, alargou-se ao concelho, integrando jovens de outras localidades que, através do passa a palavra dos que lá tocam, tomam conhecimento de que ali se pode aprender música de uma forma gratuita. O maestro, Bruno Pinto, é de São Mamede de Ribatua. Ezequiel Pinto, 21 anos, tocador de pratos, há cinco anos que integrou a banda, “por puro gosto”, não teme ser associado a música para velhotes trôpegos fora de moda. “Gosto de fazer concertos, de actuar nas procissões. Gosto de tudo. Esta é uma boa escola de música, de outro modo não poderia ter aprendido”, justificou.
Trinta e cinco actuações por ano

A associação é uma instituição sem fins lucrativos, mas o dinheiro é essencial para sobreviver. Os apoios são sobretudo do município, o resto das verbas provêm dos serviços, actuações e concertos que vão realizando por todo o país, cerca de 35 por ano. A banda tem actualmente 42 elementos, cuja média de idades é de 24 anos, o músico mais velho tem 38 anos. Quem lá toca fá-lo por gosto, dispõe de duas noites por semana para os ensaios, põe de parte outros atractivos que aliciam a maioria dos jovens e não se importa se lhe chamam retrógrados por não fazerem hip-hop ou rap. Os tons por estas bandas têm outros sons. “É gratificante estar nela”, atestou António Vila Franca, ele próprio músico, que realçou com orgulho que não se limitam a facultar formação musical, mas também formação humana. A Associação Banda 25 de Março foi fundada em 1911, inicialmente era designada por Banda de Lamas, até que em 1980 passou a chamar-se Associação Banda 25 de Março. Reza a lenda, que também perdurou, que a origem nasceu de uma coincidência, que viria a revelar-se feliz, pois os instrumentos musicais foram parar à aldeia por mero acaso. “Parece que se destinavam à aldeia vizinha, Corujas, mas acabaram por ficar aqui. Ninguém sabe porquê”, resumiu António Vila Franca, que considera que em termos históricos “não há grandes factos, nem muitas coisas para contar”. A madrinha da banda é Nossa Senhora do Campo, cujo dia festivo se celebra a 25 de Março.
 A Associação Banda 25 de Março sobreviveu às dificuldades e ao tempo, e pelo que se conta na aldeia só teve um período de inactividade durante um ano, de 1938 a 1939.

 Muitos maestros por lá passaram e deixaram a sua marca, designadamente Joaquim Fidalgo, Pontes, Pereira, Mesqueiro, João Fernandes, João Moreira, Melo, António, Luís Neves, Silva, Daniel Pires, professor José Coelho e Pedro Coelho. A instituição possui sede própria, inaugurada em 1998, onde decorrem os ensaios da banda e antigamente funcionava a escola de música, que passou a ocupar as instalações da escola primária, fechada. Actualmente conta com cerca de 8 alunos por ano, a partir dos nove.

 Foi evoluindo e adaptando-se às necessidades. “Se antigamente os músicos faziam as deslocações a pé, agora dispomos de um autocarro próprio”, frisou o presidente da associação. O programa do aniversário, começa no dia 25 de Março, sexta-feira, com uma missa e um concerto da Orquestra do Norte. No dia 26 será inaugurado um monumento à banda oferecido pela junta e pela câmara.

In "mensageiro de Bragança"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Centésimo aniversário da Banda 25 de Março Lamas

Programa oficial das comemorações do 100º aniversário da Banda de Lamas






















Contamos com a vossa presença. Não Faltes
Saudações Lamacenses